Agora são: horas e minutos - Bem-vindo ao Site Plantão Policial GO Com Edjaine Barbosa

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Delegado quer material genético dos suspeitos de estupro coletivo em GO

Objetivo é comparar com material coletado da garota que fez a denúncia.
Vereador e mais quatro estão presos e devem depor à polícia, em Indiara.

Suspeitos negam estupro coletivo contra adolescente em Indiara, Goiás (Foto: Luísa Gomes/G1)Suspeitos estão presos na cadeia de Indiara
(Foto: Luísa Gomes/G1)
A Polícia Civil marcou para terça-feira (9) o depoimento dos cinco suspeitos de participação em um estupro coletivo contra uma adolescente de 17 anos em Indiara, a 100 km de Goiânia. O delegado que comanda a investigação, Queops Barreto, afirma que vai solicitar na ocasião que os suspeitos doem material genético para comparar com o coletado na garota após a denúncia.
Dentre os suspeitos estão o vereador e vice-presidente da Câmara Municipal, Jean de Castro (DEM), e o irmão dele, o comerciante Jean de Castro, com quem a garota teve um relacionamento amoroso e agora disse estar namorando. Eles foram presos preventivamente na sexta-feira (5) porque, segundo o delegado, “tumultuavam” a investigação. O advogado dos suspeitos, Danilo Vasconcelos, afirma que já pediu a soltura deles, mas, como o pedido ainda não foi analisado, os seus clientes seguem detidos na Cadeia Pública de Indiara.

O depoimento do grupo já foi agendado e remarcado outras vezes desde o início da investigação, no último dia 10 de novembro. O último agendamento havia sido feito para terça-feira (2), mas na ocasião a menor foi até a delegacia e disse que queria mudar sua versão, pedindo o fim do inquérito.
De acordo com o delegado, um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a garota teve relações sexuais com mais de uma pessoa no dia do suposto crime e que foi violentada.
“Comprovou que houve os atos sexuais com a adolescente, que teve mais de uma pessoa praticando esses atos sexuais e que para a prática desses atos houve a ação de violência”, diz Barreto. O delegado afirma que pretende encerrar a investigação ainda nesta semana.
Crime
Inicialmente, a menor afirmou que foi violentada em uma festa na casa do atual namorado, que é irmão do vereador Jean de Castro, no dia 9 de novembro. Na época, a adolescente afirmou que, enquanto mantinha relação sexual com Leandro em um dos quartos da residência onde ocorria a festa, os outros quatro homens entraram e a abusaram sexualmente.“Eles me morderam, me bateu de chinelo, me deu tapa (sic)”, contou a jovem.
Menor chegou à delegacia acompanhada de suspeito de estupro coletivo, com quem está namorando em Indiara, Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Menor chegou à delegacia acompanhada de
suspeito (Foto: Vitor Santana/G1)
Ela afirmou que o vereador ficou com medo de ser flagrado pela namorada durante o ato e disse acreditar que o estupro já tinha sido planejado pelos suspeitos porque eles falavam entre si sobre “seguir um esquema” durante o evento. Na ocasião, a jovem relatou ter sofrido mudanças drásticas na rotina após ter denunciado o caso.
“Eu não estou nem saindo de casa por causa disso, nem de dia eu estou saindo. Saio daqui só acompanhada com o Conselho [Tutelar]. Eu não estou fazendo mais nada do que costumava fazer”, contou.
Namoro
Após denunciar o caso, a menor foi até a delegacia na última terça-feira (2) e prestou um novo depoimento, mudando sua versão inicial. Desta vez, ela afirmou que não foi violentada, que foi pressionada a relatar o crime e que agiu por ciúme. Ao chegar para ser ouvida, ela estava acompanhada de Leandro, um dos cinco suspeitos.
De acordo com a nova versão, não houve estupro. "A gente sempre foi amigo, sempre conversamos. Essa questão aí [denúncia] foi só ciúme meu mesmo", disse a adolescente. Ainda segundo a garota, ela foi pressionada a denunciar a existência de um abuso, mas se recusou a dizer quem a teria coagido e o motivo.
Adolescente de 17 anos diz que sido vítima de estupro coletivo em Indiara, Goiás (Foto: Sílvio Túlio/G1)Adolescente de 17 anos denunciou ter sido vítima de estupro coletivo (Foto: Sílvio Túlio/G1)Fonte/G1-GO