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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Policiais civis e militares são presos suspeitos de cometer série de crimes

Atos foram praticados pela disputa por tráfico de drogas, diz investigação.
Delitos eram cometidos desde 2011 em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

 

Operação começou no início da manhã em Anápolis, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Operação começou no início desta manhã em
Anápolis (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás deflagrou uma operação, na manhã desta quarta-feira (29), para prender policiais civis, militares e outros suspeitos envolvidos com o tráfico de drogas. Segundo o secretário Joaquim Mesquita, eles cometeram uma série de crimes em Anápolis, a 55 km de Goiânia. "Em função da disputa por espaço e poder do tráfico de drogas, diversos crimes como homicídios, sequestros, extorsões, lesões corporais e ameaças foram praticados", explicou em entrevista coletiva.
Denominada Operação Malavita, a ação é desenvolvida em conjunto pelas polícias Civil e Militar. São cumpridos 39 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão temporária em Anápolis, Alvorada do Norte e Luziânia. Até o final desta manhã, já haviam sido cumpridos 13 dos 14 mandados de prisão contra militares; quatro dos cinco mandados contra policiais civis; e três dos quatro mandados contra outros suspeitos.

Cerca de 200 policiais participam da operação, que conta com o apoio da Força Nacional, do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO)e do Poder Judiciário. Apesar das prisões em Alvorada do Norte e Luziânia, a polícia acredita que os servidores não cometiam delitos nestes municípios. Eles foram presos essas localidades porque haviam sido transferidos para trabalhar nessas cidades. Entre os objetos apreendidos estão armas e veículos.
Investigação
Os crimes eram praticados desde 2011. O delegado geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski,explicou que a suspeita do envolvimento de policiais começou após a análise de crimes ocorridos em Anápolis. “A partir dos crimes investigados, começaram a surgir indícios da participação de agentes públicos nesses atos”, disse.
De acordo com Gorski, os policiais detidos não comandavam o tráfico de drogas, mas eram aliciados pelos líderes. Segundo Joaquim Mesquita, há fortes indícios e provas da participação dos policiais nos atos criminosos. A quantidade de delitos cometidos pelos suspeitos não foi informada, pois os dados só serão repassados após o fim da operação.
Coronel Sívil Benedito, secretário da SSP, Joaquim Mesquita, e delegado-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski (Foto: Paula Resende/ G1)Autoridades explicam operação responsável pela
prisão de policiais (Foto: Paula Resende/ G1)
O comandante da Polícia Militar de Goiás, coronel Sílvio Benedito Alves, informou que os militares investigados são dois capitães e 12 praças. A identidade deles não foi confirmada, mas, segundo o comandante, alguns deles já eram suspeitos de outros crimes anteriores. “Alguns já respondiam por desvio de conduta e cumpriam penas administrativas”, disse.
Joaquim Mesquita informou que, com o andamento da investigação, pode-se chegar a outros agentes públicos envolvidos com os crimes. O secretário reforçou que a situação “não se enquadra” a existência de um grupo de extermínio.
A Secretaria de Segurança Pública reformou que os envolvidos serão devidamente punidos. “Eles serão processados penalmente e disciplinarmente. Isso não representa a instituição, representa uma margem muito pequena dos agentes, vamos cortar na própria carne, não aceitamos desvio de conduta”, afirmou Mesquita.

 Paula ResendeDo G1 GO