PC considera duas motivações possíveis para o assassinato, a primeira, de delação do grupo autor dos homicídios ou delação de uma quadrilha
Ficha criminal dos autores
Paulo Henrique do Carmo Silva, 21 anos: 

Reprodução DM
Tentativa de roubo, receptação de drogas, roubo de veículo e posse de droga para consumo
Menor D, 17 anos:
Porte ilegal de arma de fogo, por duas vezes, lesão corporal, formação de quadrilha ou bando, receptação e tráfico de drogas, roubo qualificado, tráfico de drogas.
Menor S, 17 anos:
Perturbação da tranquilidade, desobediência, roubo a transeunte e tentativa de roubo qualificado e posse de droga para consumo próprio.
As hipóteses levantadas a princípio para o assassinato de Ana Kelly Martins Cardoso, de 19 anos, Sinara Monteiro da Costa, 16, Rayane Kellry Silva, 15 de que o crime estaria relacionado à prostituição e tráfico de drogas foram descartadas. A PC considera duas motivações possíveis para as mortes, a primeira de delação do grupo autor dos homicídios ou delação de uma quadrilha rival. No entanto a hipótese mais provável é a de delação do grupo que assassinou as garotas.
Foram identificados Paulo Henrique do Carmo Silva, 21 e dois menores ambos com 17 anos. O maior de idade e um dos menores foram presos o outro menor de idade continua foragido. O grupo tem envolvimento com outros bandidos do município de Trindade, Região Metropolitana de Goiânia, e fazem parte de uma grande disputa por pontos de drogas que se acirrou desde o início do ano. Os dois grupos juntos são responsáveis por 11 crimes contra a vida em um período de 40 dias, entre eles assassinatos e tentativa de homicídios.
MOTIVAÇÃO
Dias antes do assassinato Rayane Kellry que namorava um dos menores, de 17 anos, identificado como “D” e Sinara Monteiro que namorava o outro menor, identificado como “S”, estavam em uma casa com amigos. O menor D pediu o celular de Rayane para ouvir música, e enquanto estava com o aparelho na mão chegou uma mensagem de texto de um número desconhecido pelo rapaz.
Curioso ele checou a caixa de mensagens e descobriu que Rayane estava se comunicando com um terceiro. O menor visualizou uma mensagem que dizia “estou em local impróprio e na companhia de pessoas impróprias para te ligar”. Diante do texto D anotou o número para o qual a comunicação foi enviada e buscou saber quem era o dono do telefone.
Ele afirmou à PC que de posse do número ele conseguiu descobrir que quem enviara a da mensagem era um policial militar. Ele apresentou a informação aos demais companheiros e decidiram que Rayane Kellry e Sinara Monteiro deveriam morrer por acreditaram que estavam sendo denunciados à Polícia Militar (PM) por causa de tráfico de drogas e outros crimes.
O CRIME
Na madrugada do dia 8 de março eles foram até uma boate no Conjunto Vera Cruz onde as duas jovens estavam na companhia das amigas Ana Kelly e Mylleide Morgana com o pretexto de as levaram para casa, colocaram todas dentro de um carro. No meio do caminho uma delas desconfiou e perguntou para onde estavam sendo levadas. Um dos bandidos respondeu “Nós estamos levando vocês para onde vai quem dá pisada com a gente”. No local eles desceram colocaram as garotas deitadas de bruço no chão e explicaram para Rayane e Sinara os motivos pelos quais elas seriam mortas. Enquanto eles falavam Sinara virou-se e foi alvejada pelo menor “S” com dois tiros na cabeça, em seguida as demais foram atingidas por um disparo cada uma.

Reprodução
Segundo o delegado adjunto da Delegacia de Homicídios (DIH), Maurício Massanobu as amigas de Rayane e Sinara não tinham envolvimento com os dois menores. “Pelo que apurado essas duas que são Ana Kelly e Milleyde morreram em razão de estar na companhia de outras duas”, explica.
Após o crime eles fugiram, primeiramente passaram um dia em um motel no município de Goianira, Região Metropolitana de Goiânia, e após seguiram para o município de Novo Gama, Região do Entorno do Distrito Federal. Durante todo esse tempo em que ficaram em Novo Gama, até a prisão eles estavam sendo monitorados pela PC para não atrapalhar as investigações. O suposto policial militar com quem Rayane mantinha contato ainda não foi identificado segundo a PC.

Ilustração e Fonte DM