Câmeras flagraram agressões contra a mulher, que precisou ser internada.
Marido diz que agora irmã vai cuidar da idosa; agressora continua presa.

A idosa foi hospitalizada com quadro de infecção urinária e desnutrição, no último dia 17. Ela passou dez dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Maternidade Dona Latifa e mais três na enfermaria. Em seguida, recebeu alta no último sábado (29).
Maria Rosa foi agredida pela cuidadora Maria Divina Almeida, 33 anos, que foi presa no último dia 27. Câmeras escondidas na casa da vítima registraram as agressões . Em uma das imagens é possível ver que a cuidadora coloca a mão nos próprios órgãos genitais e obriga a idosa a cheirá-la. Em outra situação, a mulher apanha por deixar cair um pouco de comida ao ser alimentada.
Segundo os familiares, Maria Rosa sempre foi trabalhadora e zelosa com os afazeres domésticos. Ela sofreu dois derrames, que deixaram sequelas, mas ela demonstra estar lúcida e traumatizada com as agressões sofridas. Enquanto o marido falava sobre o assunto com a reportagem, ela começou a chorar. “Minha irmã não vai judiar dela”, ponderou o marido.
A cunhada da vítima Marli Maniezo, que agora vai cuidar da idosa, conta que começou a desconfiar que algo estava errado por que a casa estava ficando suja e ao ver um hematoma na testa de Maria Rosa. “Isso não melhorava aí eu e outras irmãs minhas a questionamos. Eu disse que ela não podia mentir e que levantasse o polegar se a Maria Divina a tivesse machucado. Ela estava deitada no sofá e, com muita dificuldade, levantou o dedo”, disse.

Após ser presa, a mulher disse à polícia que antes cuidava bem da idosa, mas confessou os atos e justificou as agressões afirmando que passava por um momento de estresse. “Na hora do estresse... [é] fora de brincadeira o tanto que eu arrependi”, afirma a suspeita. "Eu via ela (sic) como minha mãe, porque minha mãe já faleceu, daquele jeito, idosa já", justificou.
De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que a cuidadora deixava a idosa sozinha durante boa parte do dia e só retornava pouco antes do marido da vítima voltar do trabalho.
O caso continua sendo investigado pelo delegado Humberto Teófilo, que pretende concluir o inquérito ainda nesta semana. Ele informou que vai ouvir os quatro filhos da cuidadora nesta segunda-feira (31) e a dona do asilo onde ela trabalhou na cidade. A mulher deve ser indiciada por tortura.
Fonte/G1-GO