Cheia do Rio Santa Tereza assustou moradores de Montividiu do Norte.
Contrariando orientação da Defesa Civil, famílias se negam a deixar casas.

A rotina dos moradores do assentamento Curral de Pedra, em Montividiu do Norte, Goiás, mudou completamente com a cheia do Rio Santa Tereza. Com a enchente, cinco famílias estão desabrigadas e outras permanecem ilhadas.
O acesso a algumas casas só pode ser feito de canoa ou a nado. Plantações de banana, mandioca e milho ficaram cobertas pela água do rio que, ao juntar com a água que vem dos córregos, forma fortes correntezas.
O prejuízo com a plantação não desanima o assentado Álvaro Batista Silva, mas a quantidade de água vista nos últimos dias deixa o produtor assustado. “Nunca tinha visto isso”, afirma.
A Defesa Civil faz um levantamento no local para apurar quantas famílias continuam ilhadas e em situação de risco. “A gente faz todo o levantamento dos riscos, dos danos causados à população, das pessoas afetadas, da área de abrangência de todo esse desastre natural e claro, mediante isso, monitoramento para que não aconteçam danos maiores, nem em relação aos bens das pessoas afetadas, nem em relação à população que precisa ser assistidas nesse momento”, afirma o tenente Nascimento.
Apesar da orientação para que as famílias deixem as casas, muitas se negam, na expectativa de que a água possa baixar. “Tá com o gado lá ilhado, tem que retirar gado primeiro, sungar alguma coisa e aí vai dormir na casa do vizinho até ver se a água baixa”, justifica o agropecuarista Messias Alves Ribeiro.