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domingo, 14 de julho de 2013

Padrasto suspeito por morte diz que bebê bateu cabeça em motosserra

Menino de 10 meses morreu sob suspeita de maus-tratos em Pires do Rio.
Homem disse que jogou criança em carro por estar ‘incomodado com choro’.






A polícia prendeu o padrasto do bebê de 10 meses que morreu sob suspeita de maus-tratos em Pires do Rio, no sul de Goiás, no último dia 3. Romário de Assis Ferreira Brito foi ouvido duas vezes antes de ser preso. Na primeira, alegou que deixou Marcus Antônio Nunes da Silva no carro e, ao retornar ao veículo, percebeu que ele estava passando mal. No entanto, na delegacia, mudou a versão e confirmou que jogou a criança no banco de trás, pois "estava incomodado com o choro”.
Com frieza, o padastro revelou que o menino bateu a cabeça em uma motosserra dentro do carro. “Ele estava no banco da frente e eu o joguei atrás. Saí e quando voltei vi que ele estava tendo convulsões. Peguei o bebê no colo e tentei fazer os primeiros socorros, mas aí, como eu estava correndo, ele caiu de novo no chão. Sentei ele no banco da frente e aí fui atrás da mãe”, afirmou Brito.

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Rezende Miranda, disse que a motivação do crime seria ciúmes pelo fato do menino ser fruto de um relacionamento anterior da mãe. “Há fortes indícios de que Brito tinha aversão ao filho da Flávia. A prisão temporária dele é por trinta dias e até o fim desse período ele deve revelar mais detalhes do crime”, afirmou.
Conforme a declaração de óbito, divulgada na quinta-feira (11), a criança foi vítima de maus-tratos e sofreu traumatismo craniano, fratura de ossos e lesão nos rins. No dia da morte, chegou a ser levada ao hospital de Pires do Rio, mas já chegou em estado de coma e não resistiu.

A mãe de Marcus Antônio, Flávia Nunes, que está grávida de dois meses, disse que o bebê dava sinais de que não queria ficar com Brito. “Ele não gostava do padrasto. Podia estar brincando onde fosse, mas quando o Romário chegava, já começava a chorar”, revelou. Flávia prestou depoimento à polícia e foi liberada.
Ainda de acordo com Miranda, se confirmado os maus-tratos, o padrasto poderá responder por homicídio duplamente qualificado e tortura. A pena para esses crimes varia de cinco a 40 anos de prisão.
Marcus Vinícius, 10 meses, morreu sob suspeita de maus-tratos em Pires do Rio (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Marcus Antônio, 10 meses, sofreu traumatismo
craniano  (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Maus-tratos
O pai do menino, o auxiliar de produção Antônio Silva de Oliveira, 21 anos, informou que procurou o Conselho Tutetar da cidade cerca de um mês antes da morte. Na ocasião, ele percebeu que o filho tinha hematomas pelo corpo e marcas de queimaduras, que teriam sido feitas com um garfo. “Fiz o que pude, mas não consegui salvá-lo. A minha dor é muito grande e nunca vai passar”.
Oliveira, que chegou a viver com a mãe do bebê por cerca de quatro anos, informou que eles se separaram antes da descoberta da gravidez. “Mesmo depois que não estávamos mais juntos, dei todo o apoio à ela. Eu sempre estava presente na vida do meu filho, só não vivia na casa deles diariamente para não atrapalhar o novo casamento dela”, revelou.
A presidente do Conselho Tutelar de Pires do Rio, Sueley Luana da Silva, informou que conversou com a mãe da criança, pois o pai tinha visto uma marca de queimadura no menino. No entanto, Flávia alegou que estava cozinhando e o queimou sem querer e o caso era acompanhado.
Fonte/G1-GO
Adaptação/Edjaine Barbosa