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terça-feira, 16 de abril de 2013

Musas do gatilho: Conheça as Hêlos de Goiás


Delegadas jovens, competentes e bonitas reforçam a Polícia Civil de Goiás.

Do Diário da Manhã


(Foto: Edilson Pelikano/DM)(Foto: Edilson Pelikano/DM)

Engana-se quem pensa que somente a delegada da Polícia Federal Helô, interpretada pela atriz Giovanna Antonelli, na novela Salve Jorge, da Rede Globo, faz sucesso pela competência e beleza. Em Goiás há um reduto de mulheres assim: jovens, competentes e bonitas. Atualmente, são 76 delegadas na ativa no Estado.

Longe da fama de dondocas, elas só deixam o salto alto e os terninhos quando vão para diligências especiais fora da delegacia. Mesmo assim, não perdem a postura e a elegância. Sempre armadas com pistolas, se sentem seguras e prontas para atuar em uma profissão ainda dominada pelos homens. Mas ser delegada hoje no Brasil não é uma tarefa nada fácil.

Além dos anos dedicados aos estudos, com jornada diária de até 12 horas debruçadas sobre os livros, as candidatas a esse cargo precisam vencer as provas objetiva e discursiva, testes psicotécnico e físico e ser aprovada no curso de formação. Ah! Antes dessa trajetória é preciso concorrer com cerca de 100 candidatos em busca de uma única vaga.

A delegada Marcella Cordeiro Orçai, 28, é atualmente uma das mais jovens e bonitas delegadas que integram os quadros da Polícia Civil goiana. A servidora pública é natural de Itaperuna (RJ) e está em Goiás desde novembro de 2009. Antes de ingressar nessa carreira, a carioca estudou, em média, oito horas por dia, para o concurso. Nada fácil para uma profissão cada vez mais concorrida no Brasil.

Para Marcella, ser delegada é uma profissão interessante porque permite ter um dia diferente do outro. "Nunca sabemos o que nos espera na delegacia", afirma. Ela confessa que percebeu certo preconceito dos colegas homens quando ingressou na PC, mas depois de um tempo de convivência e demonstração de comprometimento com o trabalho, essa situação acabou.

Ao mesmo tempo em que mantém pulso firme no comando da profissão e enfrenta sem medo os percalços da rotina, Marcella afirma que tem uma certa semelhança com a delegada Helô. "Com certeza a compulsão de comprar. A personagem da novela também demonstra que uma mulher policial pode ser muito feminina. Sou supervaidosa e carrego uma nécessaire de maquiagem sempre comigo", revela.

Por outro lado, Marcella acredita que o papel desempenhado por Giovanna Antonelli na novela representa de fato uma delegada, embora algumas cenas sejam pura ficção. Hoje, Marcella é titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, onde acumula o cargo de chefe da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

DETERMINADA

A pernambucana Renata Vieira também é outra mulher competente, determinada e bonita que compõe o quadro de delegadas em Goiás. Assim como Helô, é uma policial que se apresenta como uma mulher ativa, que está sempre à disposição da investigação, independente do que esteja fazendo, além de ser vaidosa e extremamente preocupada com a aparência.

"Tento estar sempre bem vestida para o trabalho. Sou muito vaidosa e na minha bolsa não pode faltar batom, pó, lápis, escovas de cabelo e dente, além da inseparável pistola ponto 40." Para Renata, ser delegada é apaixonante porque não tem rotina e cada caso merece respeito e atenção, apesar de existir também um alto índice de estresse nesta profissão.

Renata diz que Giovanna Antonelli 'rouba' a cena da atriz principal na novela Salve Jorge porque acaba tendo um comportamento engraçado. Porém, segundo a pernambucana, o trabalho dela não chega a retratar a verdadeira realidade da profissão.

"A Helô conseguiu dar um glamour a nossa profissão que antes não existia e isso é positivo, mas trabalhar numa delegacia de polícia significa lidar com diversos casos ao mesmo tempo, como relatar inquéritos e fazer diligências, como cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão", explica.

Renata observa que a novela fugiu da realidade ao permitir que Helô levasse consigo policiais e casos investigados pela Polícia Civil para a Polícia Federal após ser aprovada no concurso de delegada. Exceto essas particularidades do folhetim das 21 horas da Rede Globo, para Renata o que mais chama atenção no papel de Helô é a maneira como ela vem interligando os fatos que investiga, mostrando que se deixa, às vezes, se levar pelo sexto sentido, aguçado no sexo feminino.

Renata é casada com o engenheiro agrônomo Jorge Freitas e tem três filhos. Ela tomou posse na PC goiana em 2010 e no início da carreira trabalhou em Trindade. Desde 2012, é titular na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia.

OBSTINADA

A paulista Adriana Ribeiro, 41, é uma das delegadas mais competentes, bonitas e conhecidas pela população de Goiás. Obstinada pela profissão, ela não tem medo de desafios e, assim como a personagem Helô, atua com perseverança e amor à profissão. "Não me vejo fazendo outra coisa na vida. Eu amo ser delegada" afirma.

Com fala e temperamento tranquilos, Adriana demonstra ser calma, mas quando parte para as diligências é determinada. Busca a verdade dos fatos. Para a delegada da PC goiana, a representação do papel de Helô em muitos aspectos é semelhante com a vida real, mas com ponderações. "É lógico que existe muita ficção nas operações e investigações que são próprios do papel de um ator."

Ela revela que hoje não enfrenta obstáculos na carreira, mas sente que a toda hora a competência dela e das colegas de profissão são testadas, por isso, a mulher é mais exigida. Para Adriana, ser delegada é uma profissão desafiadora, mas extremamente dignificante porque é preciso enfrentar crimes complexos ou comuns todos os dias em busca de respostas rápidas para a sociedade.

Mesmo com o desafio de mostrar um bom trabalho como policial, essa paulista é vaidosa. Gosta de cuidar da aparência. "Tenho minhas manias em relação aos cuidados com a pele, corpo e cabelo. Adoro salão de beleza."

Adriana está na Polícia Civil desde 2000 e neste período já passou por algumas delegacias no interior, mas foi como titular da Homicídios de Goiânia que ela ganhou destaque nacional. Ela presidiu o inquérito que apurou a morte do radialista Valério Luiz, assassinato em julho de 2012. Na DIH permaneceu durante quatro anos e meio. Hoje, ela comanda a Delegacia de Investigações Criminais (Deic).